Com o intuito de elucidar todas as dúvidas que ainda existem no inquérito do assassinato da menina Beatriz, que ocorreu no ano de 2015, e que até hoje apresenta constantes reviravoltas, a Polícia Civil de Pernambuco deve realizar nos próximos dias uma reprodução simulada do crime. Esta simulação deve contar com a presença do suspeito Marcelo da Silva, de 40 anos, como também dos pais da criança, Lucinha Mota e Sandro Mota.
A data exata desta ação é mantida sob sigilo por medidas de segurança, e pode até vir a ser adiada diante de um novo fato apresentado pela defesa do suspeito na última terça-feira (18): uma carta em que Marcelo da Silva alega ser inocente e haver sofrido pressão para assumir a autoria do crime.
Para os pais de Beatriz, no entanto, não há dúvidas de que Marcelo é o assassino. Esta carta não passaria de uma artimanha do novo advogado de defesa para ganhar visibilidade em cima de toda a repercussão e comoção gerada pelo brutal assassinato.
A polícia chegou até Marcelo da Silva somente na semana passada, 6 anos após o crime. A identificação foi realizada após conferência do material de DNA encontrado na faca com o do suspeito, que estava no banco de dados nacional. Marcelo cumpre pena por outros crimes e, em depoimento gravado, confessou ser o autor da morte de Beatriz. O Ministério Público solicitou mais diligências antes de efetivar uma denúncia à Justiça.