Disputas pelos governos estaduais têm diferenças milionárias nas campanhas

G1 – As disputas pelos governos estaduais podem ser bastante desiguais no quesito dinheiro para a campanha, apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) coletados nesta quarta-feira (21). Em 5 estados o candidato que mais recebeu verbas até o momento tem pelo menos o dobro do candidato que aparece em segundo lugar no ranking.

É o caso de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Maranhão.

A verba a mais, apesar de ajudar na campanha, não garante que o candidato esteja na frente das pesquisas de intenção de votos do Ipec (ex-Ibope) divulgadas até o momento: em 12 dos 27 estados, o candidato com mais verba lidera as disputas.

É o caso de Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.

No entanto, há estados em que, mesmo com o dobro do valor em verbas, o candidato está longe do primeiro colocado. Em Minas Gerais, por exemplo, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) recebeu R$ 16 milhões, enquanto o atual governador do estado, Romeu Zema (Novo), recebeu R$ 7,3 milhões.

Na última pesquisa Ipec, divulgada na terça-feira (20), Kalil tinha 29% das intenções de voto, ante 46% de Zema, que pode ganhar a disputa já no primeiro turno.

Já no Maranhão, o senador Weverton (PDT) recebeu R$ 11,5 milhões até o momento, contra R$ 5 milhões do atual governador Carlos Brandão (PSB). O candidato do PDT, no entanto, tem 20% das intenções de voto, 21 pontos abaixo de Brandão, que apareceu com 41% na pesquisa Ipec divulgada na terça-feira (20).

Entre os governadores eleitos em 2018, aparecem na liderança de arrecadação de verbas em seus estados Gladson Cameli (PP-AC), Renato Casagrande (PSB-ES), Mauro Mendes (União-MS), Helder Barbalho (MDB-PA), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Fátima Bezerra (PT-RN)

Wilson Lima (União-AM), Ronaldo Caiado (União-GO), Marcos Rocha (União-RO), Antônio Denarium (PP-RR), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Carlos Moisés (Republicanos-SC) são os eleitos em 2018 que não aparecem na liderança em recursos recebidos.

Diferenças na disputa ao Senado

Os dados do TSE também mostram que há uma grande diferença no financiamento de candidatos ao Senado em um mesmo estado. Em dois deles, Minas e Maranhão, o candidato que recebeu mais verbas tem mais que o dobro de dinheiro do segundo colocado.

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