O fotógrafo, jornalista e artista visual Caio Alves lança o fotolivro digital “Mulheres do (Velho Chico) Opará: conexões e histórias”, um projeto que reúne fotografia, colagem e depoimentos de três mulheres que mantêm uma relação afetiva e cotidiana com o rio. A obra propõe um olhar sensível sobre o Opará enquanto território de memória, trabalho, cultura e resistência, evidenciando a presença e o protagonismo feminino em suas margens.

Reunindo as histórias de Aline Alcântara, Alinne Café e Martha Nunes (Sannuma), o fotolivro apresenta vivências conectadas ao rio por meio do ativismo, do cotidiano e de saberes ancestrais. Ao longo do trabalho, o Opará deixa de ser apenas cenário e passa a ser compreendido como um corpo vivo, atravessado por experiências pessoais e coletivas que revelam diferentes formas de pertencimento.

Um dos eixos conceituais do projeto é a escolha simbólica de riscar o nome “Velho Chico” e resgatar Opará, denominação de origem indígena e feminina, atribuída ao rio antes do processo de colonização.

Disponível gratuitamente, o fotolivro pode ser acessado e baixado pelo link na bio do Instagram ou diretamente pelo site www.souocaio.com.br. A circulação em formato digital amplia o acesso do público e fortalece a difusão cultural do projeto.

Caio Alves é natural de Juazeiro-BA e reside em Petrolina-PE há dez anos. Foi um dos vencedores do Prêmio Pernambuco de Fotografia (2024) e do Prêmio Petrolina – Um Novo Olhar (2025), além de ter tido trabalho exposto na Mostra Foto Preta, realizada em Recife, iniciativa de destaque dedicada à valorização de fotógrafos e fotógrafas negras(os).

O projeto Mulheres do Opará: conexões e histórias foi realizado com incentivo do Edital nº 005/2024 da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), na cidade de Petrolina-PE, reafirmando a importância do investimento público na produção cultural independente.

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